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Caso Henrique Esperto

Essay by   •  February 10, 2011  •  Research Paper  •  6,965 Words (28 Pages)  •  4,010 Views

Essay Preview: Caso Henrique Esperto

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Estrutura Organizacional

Todas as organizaÐ"§Ð"µes tÐ"Єm um sistema de Comportamento Organizacional (CO) muito prÐ"Ñ-prio. Este sistema Ð"© composto pela filosofia da organizaÐ"§Ð"Јo, seus valores, visÐ"Јo, missÐ"Јo e respectivas metas para atingir essa missÐ"Јo. Todos estes factores vÐ"Јo influenciar o modelo de CO que a organizaÐ"§Ð"Јo irÐ"ÐŽ tomar. Note-se que no caso de organizaÐ"§Ð"µes de grande dimensÐ"Јo, Ð"© natural que departamentos da mesma tenham orientaÐ"§Ð"µes diferentes e desta forma Ð"© natural que optem por modelos de CO diferentes. O modelo de CO adoptado nÐ"Јo deve ser rÐ"­gido e consoante a situaÐ"§Ð"Јo a enfrentar, este deve ser adaptado.

Existem cinco modelos de CO: autocrÐ"ÐŽtico; custodial; supportive; colegial e sistÐ"©mico. Enquanto o primeiro deriva da Teoria X de D. McGregor (que sucintamente, defende que as pessoas nÐ"Јo gostam de trabalhar; fogem Ð" s responsabilidades e tÐ"Єm falta de ambiÐ"§Ð"Јo e criatividade) os restantes quatro modelos assentam na Teoria Y do mesmo autor (diz-nos que o trabalho Ð"© algo natural; as pessoas nÐ"Јo sÐ"Јo preguiÐ"§osas por si mesmo e sob determinadas situaÐ"§Ð"µes, aceitarÐ"Јo responsabilidades assim como aplicarÐ"Јo a sua imaginaÐ"§Ð"Јo e criatividade Ð" s suas funÐ"§Ð"µes). Embora o modelo autocrÐ"ÐŽtico seja mais antiquado que os restantes (tem origem na Ð"©poca da RevoluÐ"§Ð"Јo Industrial), tal nÐ"Јo quer dizer que seja necessariamente inadequado, pois existem situaÐ"§Ð"µes em que, quando aplicado, traduz bons resultados.

A AgÐ"Єncia ImobiliÐ"ÐŽria Esperto e Ca. Ð"© um exemplo claro de um sistema social, visto tratar-se de conjunto complexo de pessoas e suas respectivas intereacÐ"§Ð"µes no espaÐ"§o laboral e como tal susceptivel de ser enquadrado num dos modelos supracitados. Este sistema interage com a sua envolvente de diversas formas, nomeadamente atravÐ"©s das suas actividades comerciais e Ð"© por isso um sistema aberto. A AgÐ"Єncia ImobiliÐ"ÐŽria Espero e Ca. tem a responsabilidade dividida pelos seus dois sÐ"Ñ-cios (Henrique Esperto Ð"© responsÐ"ÐŽvel pelos assuntos correntes da empresa e JoÐ"Јo Santos pela gestÐ"Јo financeira) e por Francisco Esperto que criou e dirige o Departamento Comercial. Ð"‰ sobre Ð"ÐŽrea de intervenÐ"§Ð"Јo que incide o caso de estudo. O equilÐ"­brio social que se traduzia no balanÐ"§o dinÐ"Ñžmico das “forÐ"§as” dentro da empresa irÐ"ÐŽ sofrer uma alteraÐ"§Ð"Јo significativa.

ApÐ"Ñ-s leitura e interpretaÐ"§Ð"Јo do Caso, observa-se que os restantes quatro vendedores principais se sentem Ð" margem das acÐ"§Ð"µes de Francisco e que este lhe roubou parte da responsabilidade que tinham antes da entrada de Francisco, tendo jÐ"ÐŽ feito queixa a Henrique de Francisco e inclusivÐ"©, ameaÐ"§ado abandonar a empresa. TambÐ"©m Madalena (responsÐ"ÐŽvel administrativa e pessoa de confianÐ"§a para Henrique) apresenta razÐ"µes de queixa: interferÐ"Єncia no seu trabalho e desrespeito de Francisco para com os outros vendedores. Em resumo, a entrada de Francisco nÐ"Јo foi bem assimilada pelas partes constantes do sistema, quebrando o equilÐ"­brio existente, e gera nesta perspectiva um efeito disfuncional. Por outro lado, a sua chegada traz um efeito funcional que se traduz num aumento do volume de negÐ"Ñ-cios de 25%. Ð"‰ neste dilema central que assenta o caso.

Numa primeira abordagem Ð"© importante perceber em que modelo de CO assentava a Esperto & Ca.. Percebe-se de imediato a presenÐ"§a de traÐ"§os de modelos distintos, em particular a diversos niveis da organizaÐ"§Ð"Јo. Se um dos lados da gestÐ"Јo mais senior da empresa, representada por Henrique e Madalena, valoriza o trabalho de equipa e o comportamento responsÐ"ÐŽvel caracteristicos de um modelo colegial, JoÐ"Јo Santos aponta para um modelo mais supportive ou atÐ"© um pouco custodial, com enfoque na componente monetÐ"ÐŽria, na performance e na lideranÐ"§a (tambÐ"©m destacada por Henrique), como se constata pela sua visÐ"Јo do aumento do volume de negÐ"Ñ-cios obtido por Francisco. Ao nÐ"­vel dos funcionÐ"ÐŽrios, em particular os vendedores, verifica-se que hÐ"ÐŽ um enfoque no status e reconhecimento como se traduz pela sua opiniÐ"Јo face aos comportamentos de Francisco para com os vendedores junior. Sendo dÐ"­ficil eleger um modelo Ð"Ñ"nico conclui-se que o modelo vigente na empresa Ð"© um hÐ"­brido de supportive com o colegial.

As alteraÐ"§Ð"µes que ocorrem Ð" chegada de Francisco tÐ"Єm (e podem ter mais ainda) consequÐ"Єncias nos diferentes elementos deste sistema. Os vendedores principais que nÐ"Јo abandonarem o barco (aqueles que ameaÐ"§aram despedir-se, decerto cumprirÐ"Јo essa intenÐ"§Ð"Јo) provavelmente irÐ"Јo deixar de se sentir motivados, e nÐ"Јo trabalharÐ"Јo tanto (e tÐ"Јo bem) quanto podem, atÐ"© porque os seus esforÐ"§os apenas estarÐ"Јo a ser canalizados para Ð"ÐŽreas de negÐ"Ñ-cio secundÐ"ÐŽrias. Tal resultarÐ"ÐŽ numa atitude de cooperaÐ"§Ð"Јo passiva. Devido a estes dois motivos, o modelo de CO em vigor ganharÐ"ÐŽ contornos de um modelo custodial.

Por outro lado, o facto de passar a existir uma pessoa que obriga os subordinados a interromper o trabalho dos outros vendedores, de forma a colocar o seu trabalho Ð" frente, significa um uso (quiÐ"§Ð"ÐŽ abuso) da autoridade na sua forma de estar na empresa. Esta demonstraÐ"§Ð"Јo de poder por parte de Francisco Esperto farÐ"ÐŽ com que as secretÐ"ÐŽrias se sintam intimidadas a obedecer (e a nÐ"Јo respeitar) e a sua performance decairÐ"ÐŽ para um valor mÐ"­nimo. Outra medida de desrespeito para com os outros vendedores principais, residiu em nomear um vendedor jÐ"Ñ"nior para funÐ"§Ð"µes que confeririam a Francisco ainda maior poder. Estas sÐ"Јo

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